Férias...

Olá...
Aqui estou para a posta veraneante.
Este ano, decidimos ir até à região de Barcelona.
Passando a publicidade à companhia aérea, a viagem correu bem... a Tiz portou-se lindamente, bem melhor que o pai (hehe).

Optamos por alugar uma casa num local calmo e relaxante, que estivesse perto de tudo, e ao mesmo tempo longe de tudo.


Assim, fomos para Cala Canyelles, perto de Lloret de Mar.

Situado numa encosta, o local era
excelente, com uma envolvência verde fantástica e com o mar ali ao lado.
A temperatura da água do mar era fantástica, convidando a longos banhos. Infelizmente, e dada a geografia do local, o retorno da praia era demasiado penoso, o que levou a que usufruíssemos mais da piscina do que da praia.

Finalmente, Barcelona.
Numa primeira análise, apresentava-se como uma cidade como tantas outras de dimensão semelhante.

À medida que nos aproximávamos do centro, a paisagem urbana tornou-se bem diferente e peculiar.

Iniciamos a ronda pelo Montjuic, pequeno monte situado junto ao Porto, que foi aproveitado para as instalações olímpicas dos jogos de 1992. A vista sobre a cidade é lindíssima, como podem ver.

Seguidamente fomos para o centro, mais precisamente para a Praça da Catalunha, onde pudemos descer Las Ramblas, extensas avenidas que unem a dita praça ao antigo Porto de Barcelona.



Neste local, muito turístico, com animação constante, como é o caso deste
mimo, no mínimo original.

Imensos artistas de rua a colorir Las Ramblas, com constantes animações e interacções com os turistas, músicos (de elevada qualidade), pequenas lojas, o mercado La Boqueria, etc, tornam este local obrigatório para quem visita Barcelona.


Mas como Barcelona, está vincadamente ligada a Antoni Gaudi, fomos ver algumas das suas obras.

Para visionarmos as obras de Gaudi, basta circularmos pela cidade, tantas são as suas influências.

Como não vos quero maçar, falarei de duas obras.


Comecemos com a Casa Milà, também conhecida como La Pedrera. É um edifiício lindíssimo.

Este edifíco não possui quaisquer linhas rectas, sendo considerado por muitos pouco útil, mais uma escultura que um um edifício convencional.

A designação La Pedrera surgiu pela boca dos habitantes de Barcelona na altura da sua construção como uma manifestação de desagrado.



Por fim, e talvez a maior obra de Gaudi, o Templo Expiatório da Sagrada Família ou Catedral da Sagrada Família.

Haveria muito a dizer sobre este monumento impressionante. Mas temo não ter palavras para resumir a sua grandiosidade.

É, de facto, uma obra maravilhosa, iniciada em 1883 e ainda não acabada. Inicialmente foram previstas três fachadas, a da Natividade, a da Paixão e a da Glória (esta ainda não construída).


Uma maquete em mármore da obra final poderá ser vista numa loja próxima, que permite imaginar o aspecto da Catedral em 2025, quando se prevê que as obras estejam finalmente concluídas.

No caminho, ainda passamos pelo Parc Güel, com um banco de cerca de 152 metros coberto com mosaicos coloridos.
De realçar também as casas e a fonte com o lagarto que por vezes é associado a Gaudi.

Em resumo, e para quem puder, visitem Barcelona.
Planeiem vários dias, e vão com os olhos bem abertos, porque há imenso para ver.
Quando eu lá voltar, prometo uma fotoreportagem mais abrangente.

Que o panão esteja convosco.

Um mundo, um sonho... não me acordem.. ainda é cedo...

Olá...
De regresso de férias (essa posta virá mais tarde), e com vontade de outro período de descanso, recomecei a ouvir e ver notícias, ou pelo menos aquilo que os nossos jornais e jornalistas nos vendem. Naturalmente incontornável, o maior (ou não) evento desportivo mundial em Pequim, os tais dos Jogos Olímpicos.

Nesse dito evento, estarão os melhores atletas do mundo, ou pelo menos os que conseguiram atingir as marcas mínimas para ali estarem a representar as cores do seu país... sim, as cores do seu país. Não, não vou entrar na discussão das marcas mínimas e a sua real (ir)relevância.

Comecemos pelo país organizador. A China, como exemplo na defesa dos Direitos Humanos - as intensas políticas contra o trabalho infantil, as delicadas políticas de controlo da natalidade, a democrática resolução da questão do Tibete -, na defesa do Ambiente, na defesa da Liberdade, claramente merecia organizar um evento desta dimensão (a isto chama-se ironia)...
Também não vou entrar na discussão da extrema preocupação com a imagem que os chineses demonstram... com as polémicas da cerimónia de abertura...

O que realmente me preocupa e choca é determinadas declarações dos nossos atletas e diregentes.
Depois de vermos uma equipa de amadores a dar uma lição de amor "à camisola" e ao desporto, vemos determinados "atletas de alta competição" (as aspas foram propositadas) a desistirem de provas porque a anterior correu mal... a recorrem a desculpas absurdas, como a hora da prova, ou a futebolística desculpa da arbitragem.. valha-nos a Vanessa a mostrar atitude de campeã, embora também um pouco desbocada... e vemos dirigentes, com responsabilidades naturalmente acrescidas, a disparem fardas, sejam elas certeiras ou não.

Preocupamo-nos, e bem, com o dinheiro gasto pela comitiva olímpica... e mais porque não sentimos o retorno... a questão é o que vai ser feito agora? Se houve atletas que foram aos olímpicos passear, e se o Presidente do Comité Olímpico, ou a Vanessa Fernandes, ou outro qualquer sabem quem são esses atletas, que tipo de sanção vão sofrer?
E os que foram lá com o espírito combativo, com ganas de vencer serão recompensados?

Provavelmente não... infeliz e habitualmente vai tudo ficar em águas do peixe da Noruega, à boa maneira lusitana, servido com batata a murro e muito azeite e alho.
Vai ser a operação Fuwa (quem não sabe o que é, http://pt.wikipedia.org/wiki/Fuwa)... e surgirá um qualquer Bibi para servir de símbolo do mal e o povo ficará satisfeito...

Que o panão esteja convosco.