A música... e o lado escuro da lua...

Na posta anterior falei um pouco de música portuguesa, e de uma banda que me marcou...

Hoje, resolvi falar-vos um pouco da banda que me marcou, marca e marcará...

Estou, claro está, a falar dos Pink Floyd... não dos Pink Floyd das colectâneas tipo Pulse... ou a frustrada tentativa de ressurgimento com o Division Bell.... nessa fase em que os Pink Floyd claramente sem timoneiro e sem destino, se arrastavam com escassos rasgos de brilhantismo do David Gilmour.

Não esses, estou a falar dos Pink do Syd Barret e dos Pink do Roger Waters... estou a falar das fases geniais dos Pink Floyd.

A fase do génio Barret, a fase do génio louco e desvairado... uma mistura atordoante de sons, com letras alegadamente metafóricas e alucinadas. A fase musical talvez mais estranha e mais obscura... mas igualmente apaixonante e envolvente...

A fase do génio Waters, claramente a minha favorita... em que a mistura de sons enebriante derivava em harmonia mais fácil de atingir ao comum mortal... uma harmonia que nos fazia viajar... e relaxar...
Esta será a fase das grandes obras musicais dos Pink... o mítico Dark Side of the Moon... sem dúvida o mais emblemático, com muitos anos nos tops, e ainda hoje considerado o melhor álbum dos Pink.

O álbum The Wall, corolário do excessivo protagonismo do Roger Waters no destino da banda... mas uma experiência musical extraordinária... que nos transporta a mais uma viagem, só que desta vez pela mente perturbada e perturbadora do génio Waters, em que somos levados a visualizar os traumas que o ajudaram a moldar...

O declínio que o domínio imposto do Roger Waters na banda impunha e o desconforto que isso provocava, levou ao último álbum dos Pink Floyd como Pink Floyd inteiros... ou seja, com o Roger Waters. Estou a falar do Final Cut. Para mim, o álbum mais triste e melancólico da banda. Por outro lado, o álbum que me desperta a maior panóplia de sensações e emoções...

Aquando do concerto do Roger Waters em Portugal, ele tocou várias músicas desse álbum... eu gosto de acreditar que foi porque eu estava lá... (vá lá, deixem-me apreciar este momento...)...

Em resumo... melhor música, a eterna Wish You Were Here... uma suposta homenagem a Syd Barret...
Melhor álbum, The Wall.
Álbum mais marcante, The Final Cut...

Para ouvirem... The Postwar Dream, Fletcher Memorial Home, Wish You Were Here, Confortably Numb, The Great Gig in The Sky, Astronomy Domine...

Deixem-se levar por esta experiência musical que é ouvir os Floyd de antigamente... aqueles antes das colectâneas e concertos ao vivo...

E depois deliciem-se com o renascer da esperança com os Pink Floyd no Live8... de fazer rolar a lágrima marota... como a que rolou no concerto do Roger Waters, na música Fletcher Memorial Home...

Que o panão esteja convosco...

4 comentários:

Unknown disse...

Este meu marido anda mesmo virado pra música, mas desde que não seja pra me dar música... tudo bem!!!
É mesmo verdade... ele ficou muito emocionado no concerto, eu sou testemunha (puramente telefónica, pois fiquei a cuidar da piquena!)... Mas também concordo, são fantásticos e têm músicas muito bonitas... como a Wish You Were Here (que não é só uma homenagem ao Syd, não é?!)
Kiss

Unknown disse...

Não. Confesso que nem o teu entusiasmante post passou a barreira do contagiante ao ponto de me convencer a ouvir um CD dos Pink Floyd non-stop. Aliás, deixo aqui o desafio ao fã n.º 1 dos Pink Floyd (pelo menos na rua lateral ao edifício que alberga a casa da mouraria de paredes): para quando (onde é que eu já ouvi isto) uma colectânea home-made da banda aqui para convencer o amigo? Hum...?

Rui Pires disse...

Dani... sabes onde moro, vais lá... e gravas o cd...

Mas só se tiveres os originais...

Unknown disse...

Oh colega, o meu comentário foi no sentido de fazeres TU um "best of"... Tá difícil?!